corporações do tabaco garantem lucros com políticos de base no Paraná


Monopólio da fumicultura no estado influencia políticas de educação, formação profissional e arrecadação tributária. Prefeitos e deputados estaduais agem em favor  de corporações com discurso de defesa dos pequenos produtores

A terceira região que mais produz tabaco no país pode ser observada em uma viagem de três destinos, na região Centro-Sul do Paraná. O roteiro, cumprido pelo Joio, percorre rodovias estaduais, a PR-151 e a PR-364, e uma federal, a BR-153, que entre os meses de novembro e março têm as duas margens tomadas por largas folhas verdes da variedade de fumo Virginia, plantadas nas pequenas propriedades de até dez hectares e vendidas às exportadoras instaladas na região.

Em um dos acessos ao município de São Mateus do Sul, uma escola rural, fundada em 2006 para estimular a independência de famílias da economia do fumo, passa por uma mudança radical em relação à proposta original. Inspirada no modelo francês das Maisons Familiales Rurales, em que o pilar central é a pedagogia da alternância, a Casa Familiar Rural (CFR), que oferta aos jovens do município o ensino médio regular e um curso técnico integrado, terá a grade curricular técnica totalmente alterada no próximo ano.

O tradicional curso de agroecologia, que ensina alternativas de trabalho no campo sem o uso de agrotóxicos e com foco na autonomia de pequenas propriedades, está em processo de extinção. Em substituição, os alunos passarão a frequentar aulas do técnico agrícola, com grade voltada às culturas de exportação e ao monocultivo.

“Desse pessoal aqui [das comunidades atendidas pela escola], posso te dizer com segurança que mais de 80% tem o fumo como produção econômica primária”, afirma Felipe Chico, diretor do Colégio Estadual Duque de Caxias, escola da área urbana de São Mateus do Sul, que serve de “ponte” entre a CFR e a Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed/PR), chamada de escola-base. “Esse foi um dos motivos pelo qual se idealizou a Casa Familiar Rural: mostrar para o fumicultor que ele podia diversificar a produção, que ele não precisava comprar o tomate no mercado. Esse objetivo foi alcançado”, completa Chico.

Números do agronegócio são ostentados na redação do novo plano de curso, cuja justificativa apresenta estatísticas publicadas pelo núcleo duro do lobby ruralista no país, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“O agronegócio brasileiro representou 26,6% do produto interno bruto (PIB) nacional, totalizando quase R$2 trilhões no ano de 2020, apresentando excelente desempenho tanto para a pecuária, quanto para agricultura (CNA, 2021)”, diz o documento. O texto ainda defende a criação da nova ementa “para o atendimento de um mercado promissor em plena expansão”.

O que se vê em expansão nessa região do Paraná é a fumicultura. Considerando três municípios, São Mateus do Sul e os dois vizinhos campeões de produção de tabaco no estado, São João do Triunfo em primeiro lugar e Rio Azul em segundo, a produção e a área plantada de tabaco aumentaram, respectivamente, 39,8% e 37,3% num período de 10 anos, entre as safras de 2010/2011 e 2020/2021.

Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado (Seab/PR), que apontam que, no período, o volume de folhas de tabaco nos três municípios aumentou de 33.110 para 46.290 toneladas, e as lavouras que somavam 14.785 hectares expandiram para 20.305 hectares.

A expressividade da fumicultura também é notada pelo volume da produção paranaense, que abrange outras cidades e que cresceu 11% da safra de 2021/2022 para a de 2022/2023. Nessa região, a safra do tabaco ocorre entre os meses de junho, período de semeadura, e abril do ano seguinte, quando termina a colheita.

Segundo a Seab, a produção paranaense de fumo é enviada quase que totalmente aos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul para beneficiamento e exportação de fumageiras, nome comum na região para as indústrias do tabaco. A última safra produziu 171,5 mil toneladas de folha de fumo.

Só na região Centro-Sul do Paraná estão presentes, com alguma estrutura logística ou de processos de beneficiamento, oito fumageiras. São elas a Premium Tabacos do Brasil, Alliance One International; Continental Tobaccos Alliance (CTA); Japan Tobacco International (JTI); Philip Morris International (PMI); British American Tobacco Brazil (BAT Brasil), que incorporou a antiga Souza Cruz; Universal Leaf Tabacos e a UTC Brasil. Segundo o Sindicato Rural de Irati, município da região, cerca de 29 mil famílias paranaenses plantam e entregam tabaco para as transnacionais acima.

A recente instalação da UTC Brasil na região é sinal de que o negócio só cresce. Mesmo visível à beira da estrada de 28 quilômetros que liga São João do Triunfo a São Mateus do Sul, o novo galpão logístico da empresa passou despercebido por alguns são-mateuenses com quem a reportagem do Joio conversou em abril deste ano.

No mês anterior, em março, a recém chegada fumageira, que é subsidiária da alemã Contraf-Nicotex-Tobacco (CNT) e da estadunidense United Tobacco Company (UTC), foi anunciada pelo prefeito de São João do Triunfo, Abimael do Valle (PT), como conquista para a cidade.

Do Valle não vibra sozinho. A região apresenta uma teia bem amarrada de atores políticos e fumageiras que conversam entre si. Os discursos favoráveis à fumicultura se manifestam nas prefeituras e nas rodas de chimarrão no interior do estado, onde se escuta haver uma dependência da indústria do tabaco, seja na arrecadação de impostos para o município ou na renda familiar. Iniciativas para sair do “único negócio possível para essas terras pequenas e de alto declive”, impróprias para outras culturas agrícolas, parecem inexistentes, a começar pelas escolas.

Fumageiras dentro da escola

A área de 14,5 hectares da Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul, parcialmente ocupada por prédios de sala de aula, alojamentos, agroindústrias, hortas, viveiros e tanques de peixe, já tem um espaço reservado para receber mudas de árvores frutíferas orgânicas de um novo projeto pedagógico. Não só as mudas, mas todos os insumos necessários para o plantio e manejo a ser feito pelos alunos serão pagas pelo Projeto Quintais, parceria técnico-financeira entre a Embrapa e a Philip Morris International, a segunda maior produtora de cigarros do Brasil.

“A gente tem bastante alunos que trabalham na parte de fumicultura, que escolhem o tabaco, porque estão em áreas que não podem ser mecanizadas e com alta declividade. Mas eu tenho a visão que é muito por falta de possibilidade, de conhecimento do que dá para agregar na propriedade”, explica Cleverson Ferreira, coordenador dos cursos técnicos da CFR e articulador do projeto.

Pela escassez de recursos públicos, a CFR não nega auxílios financeiros oriundos da iniciativa privada. O modelo de ensino integral e a pequena receita, que diminuiu depois do término do convênio original entre três prefeituras, incluindo o município sede da escola e São João do Triunfo, exige esforços de custeio e investimento.

Única alternativa às corporações do tabaco, ensino agroecológico para filhos de agricultores deve ser extinto em 2024. Foto: Bruna Bronoski

Não é a primeira vez que a Philip Morris marca presença na escola. A empresa já pagou as horas-aula de um professor de informática na CFR e doou computadores recauchutados para a escola-base. O contrato com o professor durou menos de um ano. E os computadores usados da fumageira, entregues no primeiro ano de pandemia, já não funcionam mais.

Dinheiro de troco para o lucro anual das fumageiras e de responsabilidade social, mas bem-vindo numa escola do campo no interior do estado, dependente de convênios. As pequenas inserções financeiras das empresas se eternizam na história da instituição. A Japan Tobacco International financiou, em 2018, um dos cinco espaços construídos na CFR. Por doação direta, a JTI construiu um laboratório de informática, que, hoje, também abriga a sala dos professores e a biblioteca.

O Joio perguntou às assessorias de comunicação das fumageiras o motivo e a quantidade de repasses às escolas públicas do campo no Paraná. A nota da PMI se limitou a dizer que “todas as iniciativas da Philip Morris, ligadas à área de ESG [sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança], têm o objetivo de apoiar as comunidades onde a empresa atua”.

A JTI respondeu que não divulga valores de doações, tampouco que repassa dinheiro às escolas, mas que investe em “realização de ações” sob demanda das instituições ou por iniciativa da própria empresa. “Entendemos que além de ser um espaço de desenvolvimento e formação, ir à escola e ter acesso à educação é um direito de crianças e adolescentes”, afirma a nota da fumageira de origem japonesa, que justifica as ações para diminuir o trabalho infantil, conservar as florestas e a biodiversidade, e “desenvolver” as regiões onde atua.

Algumas professoras relatam ter ouvido críticas de pessoas na cidade pelo fato da escola aceitar doações de fumageiras, por uma incoerência de ideais. “[Ouvimos] ‘nossa, mas uma empresa fumageira patrocinando?’. Mas, então, dê o dinheiro que nós deixamos de usar o dinheiro do fumo”, defende Gisela Bueno Lazzari, professora da CFR. “Não é abraçar o diabo, é aproveitar a oportunidade”, complementa Sinara Adriana Soares, coordenadora de um dos projetos da CFR, em parceria com a Petrobras e também financiado com recursos da iniciativa privada. A partir do ano que vem, com o técnico agrícola totalmente instalado, não haverá contradição alguma.

A direção da escola-base, porém, comemora que as matrículas para o novo curso passam dos 40 alunos por turma, uma procura cinco vezes maior se comparada ao curso em extinção. O diretor Felipe Chico, um dos redatores do novo plano do curso, diz que “a troca não foi uma decisão direta da escola, nós recebemos a orientação [da Seed/PR] de que o curso seria mudado e que nós deveríamos produzir a documentação”. A Seed/PR afirmou em nota, ao contrário, que a solicitação da troca do curso foi um pedido da própria instituição, que preferiu a nova grade por razões de “maior empregabilidade”, diz o texto.

O possível aumento da procura de alunos demandará novos alojamentos na estrutura da CFR e reforços no orçamento. Para depender menos do dinheiro da iniciativa privada e de doações esporádicas, a prefeita de São Mateus do Sul, Fernanda Sardanha (PSD), e a coordenadora da CFR, Vandressa Meira Jetka, foram até a prefeitura de São João do Triunfo tentar reatar a antiga parceria intermunicipal, já que parte dos alunos da CFR é do município. O prefeito Abimael do Valle, que também recebeu o Joio em abril, ainda não bateu o martelo do convênio.

Outra figura política da região, eleita por União da Vitória, município a 85 quilômetros de São Mateus do Sul, também afirma preocupação com o formato de ensino das 17 Casas Familiares Rurais do Estado. O deputado estadual Hussein Bakri (PSD), além de líder do governo Ratinho Junior (PSD), é presidente da Comissão de Educação na Casa Legislativa. Em 2019, quando começava o segundo mandato, Bakri anunciou a criação de um “projeto moderno de ensino” para as CFRs. Na ocasião, prometeu que faria uma reformulação do sistema para inserir as escolas rurais nos repasses financeiros do governo.

O deputado negou os pedidos de entrevista da reportagem. Em nota, Hussein Bakri afirma que “de fato, tivemos uma grande participação na análise da proposta de mudança do currículo do curso ofertado”. A resposta do deputado ainda justifica a nova grade dizendo que ela “irá proporcionar uma maior empregabilidade para os alunos formados e, em consequência, um estímulo na economia local”, já que o antigo curso “limitava o aluno no conhecimento e manejo de algumas tecnologias importantes para a atualização frente ao mercado industrial”.

Em outro trecho, o deputado afirma que “o objetivo do governo do estado e da Comissão de Educação é seguir modernizando as instituições e permitir uma melhoria cada vez maior na qualidade do ensino”. Parte da comunidade escolar ouvida pelo Joio afirma não ter sido consultada sobre a decisão de troca de curso técnico. A mudança dos cursos começou em 2021, mesmo ano em que Hussein Bakri ganhou créditos na mídia e nas redes sociais por ter atendido a um pedido das indústrias do tabaco, evitando a oneração de impostos sobre o cigarro.

Imposto sobre o cigarro

Pela PR-151 e a menos de meia hora de carro, deixamos São Mateus do Sul para conhecer São João do Triunfo, a cidade capital do tabaco no Paraná. É de lá que partiu o prefeito reeleito em 2020, Abimael do Valle (PT), rumo à Curitiba, depois de combinar o encontro com parceiros políticos na capital do estado.

Do Valle é a primeira e mais longa voz do vídeo gravado ao lado do deputado estadual Hussein Bakri e do prefeito de Rio Azul, Leandro Jasinski (PSD), depois do trio conseguir o que tinha ido buscar no Centro Cívico de Curitiba.

 grupo fez uma articulação para impedir o aumento da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o cigarro. Um projeto de lei apresentado pelo Executivo estadual propôs criar o auxílio-alimentação aos servidores da ativa das polícias civil, militar e científica do Paraná. O dinheiro do benefício, estimado em R$ 157,7 milhões de reais por ano, viria da oneração da indústria fumageira. Com alguns telefonemas, Bakri, líder do governo na assembleia, dobrou o governador Ratinho Júnior (PSD) para voltar atrás na proposta.

No mesmo enquadramento do vídeo, a companhia não era só política. Do Valle apresenta, apontando ao lado, representantes da Philip Morris International e da British American Tobacco (BAT), antiga Souza Cruz. O material foi postado no instagram do prefeito de Rio Azul em 14 de dezembro de 2021 e logo virou notícia em vários portais regionais onde o agronegócio é pauta.

No vídeo, Abimael do Valle pega na mão do deputado e agradece. “O Hussein fez um trabalho fantástico”, diz o prefeito petista. “[Ele] acabou de receber uma ligação do governador e o projeto que incidia imposto, mais ICMS na fumicultura, está sendo retirado através de uma emenda do deputado Hussein Bakri”.

Proposto pelo governo no dia 7 de dezembro para ser votado com urgência, o PL já tinha emenda supressiva do deputado Bakri exatamente uma semana depois, substituindo a fonte de financiamento do ICMS extra do cigarro por recursos de corte de despesa do governo. Apesar dos vastos créditos enaltecendo o trabalho do deputado, a imunidade da indústria do tabaco só ocorreu pelo movimento dos chefes do Executivo municipal. Em 17 de dezembro, a lei foi publicada sem perturbações à indústria do tabaco.

Ao final do vídeo, o prefeito de Rio Azul, Leandro Jasinski (PSD), e um representante do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco não deixaram de frisar que a articulação foi em prol dos fumicultores, mesmo não estando nenhum trabalhador do campo entre eles.

“Todo esse imposto a mais que ia ser gerado ia acabar desencadeando lá na ponta”, diz o prefeito, referindo-se aos trabalhadores. “Quem está mais sofrendo, que é o produtor do tabaco”, diz o prefeito. À época membro do Sinditabaco e gerente sênior de assuntos externos da Philip Morris, Guatimozin Santos garante que o benefício será direto para a agricultura familiar.

Prefeituras do tabaco

Depois de garantir o alívio financeiro ao bolso das fumageiras, Abimael do Valle retorna ao município de 15 mil habitantes que administra e que sustenta a posição de maior produtor de tabaco do estado.

Entre várias perguntas sobre o apoio à fumicultura, Do Valle menciona com orgulho que a prefeitura de São João do Triunfo também apoia a diversificação, comprando 100% da merenda escolar da produção familiar orgânica, o que abastece 12 escolas e creches. “As gestões anteriores tentaram e não deu certo, mas, agora, está dando muito certo. Já temos agricultores que cessaram o plantio de tabaco e estão plantando tomate, morango, e ganhando muito dinheiro com isso”, afirma. 

Porém, o  número de famílias envolvidas com o tabaco no município não é pequeno, considerando o tamanho da população. Aproximadamente 2.300 famílias cultivam tabaco, responsáveis por “segurar” a produção nacional quando a colheita no Rio Grande do Sul vai mal por questões climáticas, como ocorreu na safra 2020/2021, em razão da seca. Também chamados de “fumeiros”, os produtores de São João do Triunfo são um grupo importante de eleitores que não pode ser ignorado por quem aspira a seguir no poder.

O município tem uma história particular com o Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual Do Valle é filiado. Foi uma das primeiras prefeituras brasileiras a eleger candidato do partido após a redemocratização. Nas eleições presidenciais de 2022, o candidato petista teve quase 60% dos votos, na contramão do estado, em que 62% do eleitorado preferiu a reeleição de Bolsonaro.

No entanto, Do Valle não faz questão alguma de se vincular ao PT depois de ter conquistado a cadeira do Executivo municipal. Não chegou a fazer campanha para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito passado, além de não se afirmar petista atualmente. Ao Joio, declarou que está de saída do partido.

“Eu, aqui, nunca me vinculei às ‘organizações’ do partido. Meus deputados não são do partido, não defendo o partido, defendo pessoas, projetos. Esse ‘ideologismo’ de esquerda e direita, para mim, é nojento”, pontua.

No sentido oposto de estímulo à fumicultura, governos petistas atuaram, com o estímulo da sociedade civil, para incluir o Brasil como signatário da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (CQCT-OMS), um pacto global para frear o tabagismo. 

Como apoiador da fumicultura, o confuso caldo político triunfense é confirmado pelo presidente do diretório do PT no município. “Todos os prefeitos aqui, nenhum deles tem coragem, ou tinha, de dizer que é contra o fumo. Sempre, todos apoiam, porque, medo de perder voto, né?”, contextualiza Nelson Dias da Silva, que também é coordenador regional da Fetraf no Paraná, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar.

Em defesa do tabaco, prefeitos do Centro-Sul do Paraná mantêm relações com empresas, entidades e Legislativo. Foto: Bruna Bronoski

Setenta quilômetros com trechos de estrada de terra, seguindo pela PR-364 e a BR-153, separam a dupla de prefeitos defensores do tabaco da região Centro-Sul paranaense. Em Rio Azul, município de 14,5 mil habitantes, muito similar ao vizinho não só em tamanho da população, mas, também, em área e na economia da fumicultura, ocorreu a 1ª Conferência da Fumicultura em 2021, graças ao bom relacionamento dos prefeitos Abimael do Valle e Leandro Jasinski (PSD). A reunião de produtores, empresas e entidades relacionados ao fumo.

A segunda edição do evento teve queda de participação pela metade e ilustra outro braço de alcance da dupla. Além de administrar os municípios que mais produzem tabaco e de terem impedido juntos o aumento da alíquota do ICMS do cigarro, os dois gestores municipais ainda compartilham cadeiras na diretoria da Amprotabaco, a Associação dos Municípios Produtores de Tabaco, uma rede de prefeitos dos três estados do Sul do país que concentram interesses das fumageiras.

Os dois representantes paranaenses na associação foram reeleitos do biênio 2021-2022 para a gestão 2023-2024. Abimael do Valle, como vice-presidente, e Leandro Jasinski, como vice-secretário. Mesmo na direção da entidade, ambos expressam desgosto quando perguntados sobre a organização.

“A Amprotabaco se manifesta quando tem algo que vem para dificultar a produção do tabaco, como o aumento de impostos. No mais, ela não participa da mesa de negociação ativamente”, diz Do Valle, referindo-se às reuniões promovidas por entidades do tabaco anualmente para definir o preço a ser pago ao fumicultor.

Jasinski lembra da associação pela ausência nas conferências de fumicultura que promoveu no município. “A Amprotabaco é uma associação que eu perdi a fé. Nós chamamos todas as empresas para participar, prefeitos, Afubra, representantes do Sinditabaco, representantes de deputados. Eu chamei, mas a Amprotabaco não veio”, ressente-se.

Citada pelo prefeito de Rio Azul, a Afubra é a Associação dos Fumicultores do Brasil, entidade que deveria representar os produtores da folha de tabaco. A filial paranaense da entidade fica em Irati, município a 35 quilômetros de Rio Azul. A inauguração do novo prédio da Afubra na cidade em 2021 foi prestigiada pelo prefeito Jorge Derbli (PSDB). A estrutura física e organizacional da associação oferece três finalidades bem distintas. Além das pautas sindicais, a entidade negocia contratos de seguro para safras, cobrados dos produtores, e fatura com uma loja de eletrodomésticos.

Tendo começado a carreira política na Câmara de Vereadores, o atual prefeito de Rio Azul fez a campanha ao lado do também ex-vereador Jair Boni, como vice. A esposa de Boni, Ana Rita Vianna Boni, trabalha na Alliance One International, a transnacional que compra de atravessadores menores no município  e região, como da LB Comércio de Tabacos, Tabacos Paraná, Gima Tabacos, Agro Nativa, entre outras.

Na mesma campanha em que o marido foi eleito vice-prefeito, Ana Boni (PSB) garantiu vaga na câmara municipal pela primeira vez, substituindo o marido na cadeira do Legislativo.

Em conversa prévia por mensagens de telefone, Ana Boni sinalizou que poderia receber o Joio até na sede da Alliance One na cidade, mas, depois, negou a entrevista.

Segundo o prefeito, a administração municipal tem um bom relacionamento com a Alliance One que, segundo ele, está entre as três empresas que mais arrecadam ICMS para o município. “A Alliance gera imposto, gera emprego, é uma empresa importante para nós”, destaca Jasinski. Sobre a eleição de Ana Boni, o prefeito afirma não ter feito campanha para a vereadora oriunda da fumageira.

Outro vereador também atua na agenda da fumicultura localmente. Felipe Chemereta (União) é fumicultor e tem contratos com a JTI e a Premium Brasil Tabacos, subsidiária da transnacional Premium Tobacco Group, que opera em 14 países. “O que a gente vê é que certos governos querem acabar com o fumo, e é verdade”. Em plenário, Chemereta propôs instituir a semana da agricultura familiar.

A minuta do projeto de lei justifica que a criação dessa semana é importante para “fortalecer, apoiar e incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar”, que é “responsável por 70% dos alimentos produzidos no país”. Na mesma proposta, entre outras estatísticas de produção de alimentos pelas famílias rurais, como a mandioca, o arroz e o feijão, o vereador destaca a produção de fumo. O projeto ainda não virou lei em Rio Azul.

União pelo tabaco

Do mesmo partido do vereador Felipe Chemereta, outro ator político é o mais lembrado entre os produtores da região quando o assunto é fumicultura. O voto do setor, no entanto, não se materializou para reeleger Emerson Bacil ao cargo que disputou nas últimas eleições proporcionais no estado.

Ele se orgulha do histórico da família na fumicultura e na política. O pai dele,  já falecido, Olisses Bacil, foi fumicultor e prefeito pelo MDB em São João do Triunfo. Conforme conta o filho, o pai foi o idealizador da primeira festa da fumicultura na cidade, em 2004. “E eu, como deputado, coloquei ela [a festa] no calendário do estado do Paraná”, diz Emerson, que também protocolou, como deputado estadual, projeto de lei que estabelece normas de negociação entre fumicultores e fumageiras. O projeto segue em tramitação, mesmo com Bacil fora da Casa.

Sendo filiado atuante do partido União Brasil, Bacil se apresenta hoje como assessor da presidência da mesa-diretora da Assembleia Legislativa do Paraná, dada a aliança regional entre o partido e o PSD, que é situação no governo estadual. Essa proximidade explica Bacil ter citado o senador Sérgio Moro (União) como “simpatizante da causa da fumicultura” no estado.

“Eu estive com Moro esta semana [abril de 2023], em Curitiba. Ele já veio aqui, em São Mateus do Sul, apresentei a ele essas pautas. Em Rio Azul, tomamos café na propriedade de um fumicultor”. Bacil não disse quando, mas afirma que Moro deve voltar ao Centro-Sul paranaense. “Ele se mostrou muito interessado [na fumicultura], como nunca vi antes. Estou surpreso com ele, positivamente, e acho que tem muito a somar”, comenta.

Enquanto ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro agiu nos primeiros meses do então novo cargo em parceria com a indústria do tabaco.

Assim como o senador, que teria confidenciado ao ex-deputado a pretensão de seguir na carreira política na próxima década, Bacil afirma que não está fora do jogo. É suplente a deputado estadual pelo União-PR e transita bem entre as lavouras de tabaco, a Assembleia e Brasília.

Mesmo sem cargo eletivo, o ex-deputado reivindica para si o movimento feito pelos prefeitos da região para barrar o aumento do ICMS do cigarro. “Foi um vídeo meu, uma live no meio da lavoura, quando mostrei vários argumentos, que chamou a atenção deles [dos prefeitos]. Postei no sábado e no começo da outra semana eles estavam em Curitiba articulando isso tudo”, diz Bacil, mencionando também não ter sido convidado para a caravana do tabaco na capital.

Futuro da fumicultura no Paraná

Com exceção de São Mateus do Sul, em que a economia soma o tabaco à presença de  ervateiras e a mineração do xisto, explorada até novembro do ano passado pela Petrobras, as cidades do tabaco do Paraná estão no fim da lista que aponta os municípios mais desenvolvidos no estado.

Dos 399 municípios paranaenses, São João do Triunfo aparece na posição 383º no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), ou seja, entre as vinte cidades com os piores indicativos de renda, educação e longevidade. Rio Azul, não muito à frente, está na 277ª posição.

Para muitas famílias que trabalharam a vida toda na fumicultura, o retrato das dificuldades financeiras atravessa décadas e gerações, sem apresentar perspectivas.

Produtores fazem empréstimos anuais no banco para pagar o “rancho” da família durante o ano, renda do tabaco é insuficiente. Foto: Bruna Bronoski

Em Rio Azul, o casal Margarete e Lauro Bueno planta tabaco há 40 anos. A reportagem foi recebida na garagem da casa de alvenaria, à beira da rodovia, onde moram há menos de um ano. “A outra casa, de madeira, estava podre, mas a gente não conseguia fazer outra, só ano passado que deu para construir”, contam. 

Mesmo quatro décadas depois, a subsistência dos pequenos agricultores ainda depende das corporações. “Já vendi toda a safra 2022/2023, paguei as contas [custos de produção], e emprestei dinheiro do banco para pagar o rancho até a próxima colheita”, explica Lauro. A família depende de empréstimos a juros de instituições financeiras para pagar água, luz e a alimentação da família até o vencimento do próximo contrato com as fumageiras, em fevereiro de 2024. “Faz mais de 10 anos que é assim”, reforça Margarete sobre os empréstimos.

No interior de São Mateus do Sul, muito próximo às cavas de exploração de xisto, está a área de 2,5 hectares da família de Antônia Radaskivicz e Vanderlei Riske. As casas de madeira dos filhos, já adultos, foram construídas ao redor da pequena propriedade onde, segundo os produtores, não tem tamanho adequado para plantar outras culturas que não o fumo. Os 20 anos de fumicultura, porém, não foram suficientes para aumentar a área, tampouco para regularizar o terreno, ocupado pelos ascendentes do pai.

Tendo contrato com quatro fumageiras diferentes para escapar das constantes baixas de preço impostas pelas empresas, que classificam elas mesmas a qualidade do tabaco e, consequentemente, o preço que vão pagar pelo produto, Vanderlei aluga, todo ano, terras vizinhas para aumentar a produção.“Nós chegamos a pagar 45 mil reais de aluguel de terra. Quando vem o pagamento da colheita, o que sobra mal dá para comer”, queixa-se o fumicultor, cujos filhos seguiram a profissão.

A juventude rural da região não vê muitas alternativas a não ser continuar o trabalho já começado pelos pais, avós e até bisavós. É o que vai fazer José Gabriel Kiviatcoski, 24, que aproveita uma tarde de sol do primeiro mês mais folgado de trabalho, abril, num bar e tabacaria de São João do Triunfo. 

Frequentado pelo jovem José Gabriel, recém formado no curso técnico agrícola, o BO1 Lounge Bar é ponto de encontro de outros jovens fumicultores e “picaretas”, os assim chamados atravessadores de fumo entre produtores e grandes fumageiras.

Para bom entendedor, ou para qualquer triunfense, o nome do bar revela uma boa sacada de marketing. BO1 é a classificação de fumo de maior qualidade, o tipo mais bem pago pelas fumageiras e o mais esperado pelos fumicultores. Ter o fumo rebaixado pelas fumageiras no ato da compra para BO2, Bo3 ou qualquer outra classificação é sinônimo de menor pagamento, situação comum no período de vendas, já que o fumo não tem fixação de preço antes da colheita, como a soja e outras commodities.

Mesmo com as incertezas da produção de fumo, José Gabriel decidiu manter o negócio como sustento da família. “Por trabalharem muito tempo na lavoura, meu pai tem problema de coluna, minha mãe tem problema de rim, daí, eles resolveram parar, mas eu sigo”, conta. Os pais têm, respectivamente, 45 e 49 anos de idade. 

Em contrapartida, existe uma parte da juventude que tenta fugir à regra. A egressa do curso Técnico em Agroecologia da Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul, Carolina Mayer Riske, 21, lamenta o fim da política pedagógica  que a formou. 

“Você saía daqui [Casa Familiar Rural] vendo outras oportunidades de investir na propriedade. É uma coisa que abre os olhos para os jovens. Eu, por exemplo, saí daqui querendo trabalhar com sericicultura, mas aqui [na região] não dá, porque é muito agrotóxico em volta, é muito sensível [o bicho-da-seda]”, conta Carolina, que hoje trabalha no projeto de piscicultura da CFR. “No [técnico] agrícola, eles vão querer produzir muito, vão para a soja, milho, essas coisas”, conclui Carolina, ao mencionar que o negócio das grandes corporações de monocultivo vai se sobrepor às outras formas de produção de alimentos e à autonomia das pequenas propriedades.



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Café Agroecológico é promovido na Assembleia Legislativa


Notícias de Santa Catarina - SC HOJE News

Objetivo é sensibilizar a população sobre a produção destes alimentos, produzidos de forma orgânica
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

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Um Café Agroecológico promovido na manhã desta quarta-feira (31) no hall da Assembleia Legislativa comemorou a Semana do Alimento Orgânico, celebrada no país na última semana de maio.

A iniciativa foi proposta pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente do Parlamento, deputado Marquito (Psol), juntamente com a Comissão de Produção Orgânica do Estado de Santa Catarina (CPOrg), que congrega instituições públicas e agricultores, com o objetivo de manter a política de garantia de qualidade do alimento da agroecologia e da produção orgânica.

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“Nosso objetivo é tornar público e sensibilizar a população sobre a produção desses alimentos, produzidos sem agrotóxicos, sem adubos químicos, feitos de forma orgânica”, destaca Marquito.

Durante o café, agricultores da região apresentaram seus produtos aos participantes. Em Santa Catarina, cerca de 2 mil famílias produzem alimentos de forma agroecológica.

“É um produto mais lindo e saudável para dentro da casa das pessoas. Isso faz o bem da família e das propriedades”, comemora o agricultor Amilton Voges, de Santo Amaro da Imperatriz. “É gratificante mostrarmos que é possível sim, produzir sem agredir a natureza”, reforça o agricultor de Paulo Lopes, Glaico José Sell.

Durante o Café Agroecológico também foi realizado o lançamento oficial do seminário “Modalidades de Compras Públicas para a Aquisição de Alimentos provenientes da Agricultura Familiar e Produção Orgânica”.

A Comissão aprovou a realização de 13 seminários regionais que vão tratar de duas políticas importantes: o Programa Nacional da Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos, que preveêm a compra pelo Estado de produtos oriundos da agricultura familiar”, conclui o deputado Marquito.

Com informações de Thiago Toscani.

Gicieli Dalpiaz
Agência AL

Fonte: Agência ALESC



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Notícias da UFSC


A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), organiza e irá sediar o 11º International Symposium on the Nutrition of Herbivores, evento que discutirá a nutrição de herbívoros domésticos e silvestres sob a ótica da agroecologia e da intensificação sustentável. O simpósio ocorre de 4 a 8 de junho, no Costão do Santinho Resort, e é o maior evento internacional sobre o assunto.

É a primeira vez que o simpósio é realizado na América do Sul. As edições anteriores já ocorreram na África do Sul, Austrália, Malásia, França, Estados Unidos, México, China, entre outros países. Dentre os temas a serem abordados estão a ecologia nutricional ao papel dos herbívoros no contexto de segurança alimentar e mudanças climáticas. A edição brasileira também busca consolidar a evolução desses temas ao focar nos sistemas brasileiro e latino em um ambiente de ampla troca de conhecimento científico.

Abertura

A abertura do evento neste domingo, 4 de junho, contará com a palestra do professor Wolfgang Pittroff, da Samarkand State University, no Uzbequistão, intitulada “Keystone Issues in Ruminant Science”. Haverá, ainda, uma apresentação artístico-cultural e a presença de autoridades da UFSC e UFRGS. O reitor da UFRGS, Carlos André Bulhões Mendes, estará presente e o pró-reitor de Pesquisa da UFSC, Jacques Mick, representará o reitor Irineu Manoel de Souza (em férias). Participam, ainda, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto. A coordenação-geral do evento no Brasil é do secretário de Relações Internacionais da UFSC, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho.

 

 

Mais informações em www.symposium-isnh2023.com.br  



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Além da sala de aula: quando o aprendizado transforma vidas


Seja em iniciativas sociais ou quando o foco é apresentar as carreiras, o conhecimento é válido quando extrapola a sala de aula; confira histórias de escolas que investem no empreendedorismo social

Ao admirar um mecanismo preciso (ou quando observamos construções e projetos que foram pensados nos mínimos detalhes), na maioria dos casos, quase nunca imaginamos a trajetória entre o planejamento e a execução. Se a convivência em comunidade fosse pensada como uma engrenagem, ficaria visível a função de cada peça para atingir o êxito na operação.

Projetos que extrapolam a sala de aula fazem a diferença na educação catarinenseProjetos escolares, desenvolvidos em unidades da rede pública, que extrapolam a sala de aula fazem a diferença na educação catarinense  – Foto: Divulgação/ND

Seguindo a metáfora, a educação ganharia destaque, papel de protagonista nas novas gerações e entre aqueles que estão dispostos a aprender continuamente. Entretanto, na engrenagem da vida, existe uma outra palavra que faz a diferença: o empreendedorismo. Mas quais são os resultados quando ambas atuam em conjunto?

Em um Estado reconhecido — seja na produção ou na tecnologia — existem exemplos que marcam o elo entre aprender e praticar. No Oeste catarinense, por exemplo, Fraiburgo ganha notoriedade com uma horta que planta e colhe muito mais do que legumes e verduras — aqui a colheita é para o futuro.

Em contrapartida, Vale do Itajaí, em Indaial, o intuito é colocar os animais no centro do processo, auxiliando aqueles que precisam de ajuda — seja na busca por um novo lar ou em tratamentos que incluem órteses e cadeiras de roda.

Seja em Indaial, no Vale do Itajaí, ou em Fraiburgo, a junção da educação e do empreendedorismo é uma característica do Estado  – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/NDSeja em Indaial, no Vale do Itajaí, ou em Fraiburgo, a junção da educação e do empreendedorismo é uma característica do Estado  – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/ND

Mente criativa

Em um país em que os números de empreendedorismo não param de crescer, com 43 milhões de profissionais à frente do próprio negócio, de acordo com dados da GEM (Global Entrepreneurship Monitor), de 2021, trazer à sala de aula mais do que exemplos é o caminho para continuar girando a engrenagem que mantém a sociedade.

“Para ganhar a vida porque os empregos são escassos” ou “para fazer a diferença no mundo” são algumas das principais razões para aqueles que se arriscaram nos últimos anos. Para além da dificuldade em conquistar um espaço no mercado de trabalho ou o cargo dos sonhos, a vontade de fazer diferente também tem sido determinante.

Viajar pelo Brasil, comprar uma casa e comprar um carro, por exemplo, são alguns dos desejos mais latentes, metas que, em alguns casos, acabam abrindo as portas do empreendedorismo. Mais do que a aptidão pela inovação e a criatividade, características brasileiras, existem outros fatores que colocam à frente de adultos e jovens a necessidade — ou desejo — de gerenciar o próprio tempo.

Porém, como “dar as caras” em algo novo sem ter tido o primeiro contato durante a adolescência? Como descobrir áreas e identificar habilidades sem a aproximação dos negócios com a educação?

Se por muito tempo o empreender foi visto como um caminho para a escassez — cenário que continua se repetindo — também existem aqueles que usam a aprendizagem da sala de aula para pensar em novas soluções, dando um novo significado para o termo.

Alimentando ciclos

Em pleno 2023, ainda existem aqueles que não conseguem imaginar como é o cotidiano no campo. Seja pela falta de proximidade com a realidade ou a agitação dos espaços urbanos, existe uma comunidade capaz de provar que é possível residir e sobreviver nas áreas rurais. Em Fraiburgo, no assentamento de terra Vitória da Conquista, o cenário começou a ser transformado no final da década de 80.

Com a chegada de algumas famílias, a primeira mudança foi na educação. Mais do que ensinar português ou matemática, o objetivo do coletivo era que o espaço pudesse formar os novos integrantes do campo, mantendo a tradição.

“A intenção inicial era formar os jovens para a permanência no campo, fazer uma sucessão geracional. Ir para o campo para permanecer nele, estudar para permanecer”, explica o diretor da Escola de Educação Básica (EEB) Vinte e Cinco de Maio Agnaldo Cordeiro.

Entretanto, o que era um pedido dos familiares, ganhou estrutura em 2009 quando o curso técnico de agroecologia passou a ser reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação e pelo Governo do Estado de Santa Catarina — por mais que a proximidade com o campo seja uma marca desde o início, a aprovação foi o passo para aproximar as turmas do empreendedorismo rural.

Dia de plantação na unidade - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Dia de plantação na unidade – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

Sede da EEB Vinte e Cinco de Maio - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Sede da EEB Vinte e Cinco de Maio – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

Estudantes que participam do projeto - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Estudantes que participam do projeto – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

As produções são sem agrotóxicos - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
As produções são sem agrotóxicos – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

Alunos colocam a mão na massa para garantir a horta escolar - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Alunos colocam a mão na massa para garantir a horta escolar – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

Com base na agroecologia, a horta produz alimentação saudável para a comunidade - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Com base na agroecologia, a horta produz alimentação saudável para a comunidade – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

Verduras fazem parte da plantação escolar - EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND
Verduras fazem parte da plantação escolar – EEB Vinte e Cinco de Maio/Divulgação/ND

“De 1986 até 2009 nós tivemos experiências de produção na escola, que era no agrícola. Não era no convencional, era na perspectiva agroecológica, orgânica, experimentando essa trajetória, e as famílias sempre dizendo que existem coisas que você precisa fazer na escola como experimento, mas tem coisas que precisa produzir também”, comenta Agnaldo, que cresceu no local, mas precisou ir para o Rio Grande do Sul em busca de formação, oportunidade que não existia naquela época.

Seja com o objetivo de produzir alimentos saudáveis ou com o foco na sustentabilidade, as experiências na unidade trazem um leque de opções aos jovens, desde o conhecimento sobre o solo até os valores necessários para manter uma horta em funcionamento.

O conhecimento transversal só é possível por meio da união entre a natureza e a teoria — e aqui eles aprendem sobre números, história e até geografia. “A ementa da matemática é voltada para a área agrícola, desde as construções, medição de terra, altura dos canteiros, em fazer as experiências”, explica o diretor.

Em Fraiburgo, o propósito é que o conhecimento seja aplicado para além da vida escolar, unindo a proximidade com o verde e transformando a rotina no campo em um mecanismo de sobrevivência. É por isso que as quartas-feiras e sábados, alunos e professores vão à feira da cidade vender os itens que são produzidos no assentamento, junto com os pastéis que também são feitos pela turma.

Na escola de Fraiburgo, o lucro adquirido é investido em itens e compras para manter a horta na unidade   – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/NDNa escola de Fraiburgo, o lucro adquirido é investido em itens e compras para manter a horta na unidade   – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/ND

Com as vendas, o valor que retorna  é utilizado para comprar os insumos que auxiliam na produção. Entretanto, a proximidade com os compradores é o primeiro passo para aprender sobre a ligação que existe entre quem vende e quem compra.

“Quando você cria uma relação com as pessoas que vão consumir o produto, você precisa garantir essa responsabilidade com eles. Faça chuva ou faça sol nós temos que estar lá, temos que ir à feira”, comenta Agnaldo.

Na sequência entre semear as sementes, esperar o crescimento e preparar a colheita, aqueles que escolheram viver do solo também colhem o reconhecimento dos que estão por perto. “A própria comunidade começou a perceber a qualidade no produto, a relação com o consumidor, quer dizer, não é só vender, é um diálogo”, finaliza o diretor.

Há quem vem de longe

Na busca por um estilo de vida pautado no ecológico e na economia colaborativa, existem aqueles que mudam de município para desfrutar do método de ensino aplicado na EEB Vinte e Cinco de Maio.

É no primeiro contato com a família que os envolvidos compreendem que os próximos anos serão focados nas plantas, grãos e animais — o cuidado com a produção também inclui a vivência com os bichos, matéria explorada durante o ensino técnico.

Para aqueles que escolhem se mudar, a unidade conta com alojamentos preparados para receber meninas e meninos.

Estudantes de mais de cinco munícipios utilizam o alojamento da unidade – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/NDEstudantes de mais de cinco munícipios utilizam o alojamento da unidade – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/ND

“Quando eles vêm com a família para fazer a matrícula, dizemos: ‘Você vai atuar em várias atividades aqui na escola’. Eles ficam responsáveis por determinadas atividades, desde a irrigação, tratar dos animais, ajudar a fazer a feira. Eles têm esse processo de acompanhar a questão das culturas (horta) e implementação do pomar.”

Experiência na horta orgânica agroecológica da Escola Vinte e Cinco de Maio – Vídeo produzido e cedido pela unidade para divulgação – Vídeo: Reprodução/Facebook

Prazer, Neomar Pinto Ribeiro

Em um país conta com cerca de cinco milhões de produtores rurais, conforme informações do Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não faltam histórias para ilustrar a vida no campo. Para seguir a vida entre a lavoura e o plantio, o aprendizado na sala de aula foi decisivo, pelo menos para Neomar Pinto Ribeiro.

Formado no curso técnico e com outros certificados, a escolha pelo campo foi a forma de colocar em prática a vida vislumbrada quando ainda estava em sala de aula. Atualmente, a moradia é no assentamento Irmã Jandira, em Curitibanos. É lá que ele e a família vivem com os ganhos da terra.

Participante de uma das primeiras turmas, o conhecimento no início era dividido em um espaço da agroindústria que tinha ao lado da escola, mesmo lugar que servia de dormitório. Entretanto, os ensinamentos superaram os obstáculos.

“Conseguimos aprender muitas coisas. A escola abriu vários caminhos, oportunidades na linha do conhecimento. Foi muito importante quanto pessoa, quanto estudante”, conta o profissional que já atuou em uma cooperativa, mas hoje cuida da própria produção.

É no campo que ele, a companheira e o filho plantam e colhem os itens que fazem parte da alimentação familiar, além de garantir as frutas e verduras de muitos outros lares. “A nossa renda principal é da agricultura, produtos orgânicos. Nosso carro-chefe é o morango e a uva, vendemos in natura e também processamos geleias de morango e uva”, conta Neomar.

O trabalho com o orgânico existe desde 2009 e a lista de produtos é extensa, incluindo alface, tempero verde, couve, brócolis, feijão, arroz, milho e até aipim.

“A gente prioriza a questão do autoconsumo da família e o excedente sempre plantamos mais, o excedente fazemos a comercialização”, além da preocupação com o que é ofertado para a comunidade e o consumo consciente, a família também é responsável pela produção dos biofertilizantes e compostagens.

O foco é conquistar uma vida digna, com alimentação saudável e produtos de qualidade.

“Vários dias você está enfrentando vários desafios porque a produção orgânica vai além da produção, né? Vai nas relações com a comunidade, relações com o meio ambiente e relações com a sua unidade familiar, com a sua propriedade.”

Neomar e seu filho na colheita dos alimentos - Arquivo pessoal/Divulgação/ND
Neomar e seu filho na colheita dos alimentos – Arquivo pessoal/Divulgação/ND

O morango é um dos carros-chefes nas vendas - Arquivo pessoal/Divulgação/ND
O morango é um dos carros-chefes nas vendas – Arquivo pessoal/Divulgação/ND

A uva também é uma das principais receitas da família - Arquivo pessoal/Divulgação/ND
A uva também é uma das principais receitas da família – Arquivo pessoal/Divulgação/ND

Além de frutas, Neomar produz uma variedade de verduras, como o alface - Arquivo pessoal/Divulgação/ND
Além de frutas, Neomar produz uma variedade de verduras, como o alface – Arquivo pessoal/Divulgação/ND

Criando bons exemplos

Mas se engana quem pensa que o empreendedorismo é capaz de gerar resultados apenas quando há ganhos financeiros. Se para alguns o ponto de partida foi o cuidado com o meio ambiente, a vontade de usar a tecnologia para melhorar a vida dos animais foi o princípio para os professores e alunos de Indaial, cidade que faz parte do Vale do Itajaí.

Por lá, a Escola de Educação Básica (EEB) Frederico Hardt é palco de um projeto que une o espaço pedagógico, os pets e a comunidade, tendo como foco o desenvolvimento de órteses, cadeiras de roda e roupinhas para cães e gatos.

Com a construção de peças que podem facilitar a caminhada dos amigos de quatro patas, o auxílio não para por aí. O projeto também conta com uma equipe focada na divulgação de fotos e adoção.

A iniciativa ganhou vida no ano passado, a partir de uma outra ação dos profissionais. Com a vontade de ter uma impressora 3D, o desejo de atender cães e gatos partiu dos professores Flávio Cristóvão Júnior e Rafaela dos Santos Timm.

A decisão de unir exatas e humanas em prol de uma causa maior saiu do papel quando os educadores começaram a pensar naquilo que seria ofertados aos estudantes, manuseando o objeto e utilizando os recursos tecnológicos para apresentar possibilidades aos jovens — seja na hora de escolher uma carreira ou para entender os impactos causados pelo abandono de animais.

Foi analisando os componente curriculares e as exigências em cada tema que a matemática passou a ser desenvolvida para compreender os cálculos necessários na construção de cada material, envolvendo as partes teóricas no entendimento sobre o abandono e a relação entre dono e animal.

E a ampliação do projeto começou a ganhar forma neste ano, com a criação de uma lojinha virtual, espaço em que os alunos disponibilizam aquilo que é produzido em sala de aula — é possível escolher entre roupinha, cama, lenço e ecobag.

Além da órtese, o projeto da escola também contempla a venda de lenços, caminhas e roupas para os pets – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/NDAlém da órtese, o projeto da escola também contempla a venda de lenços, caminhas e roupas para os pets – Arte: Letícia Martendal/Divulgação/ND

Seja na venda das órteses ou na comercialização das produções, o dinheiro arrecadado volta para a unidade, sempre pensando no projeto e nos materiais que devem ser comprados. À frente da turma que fica com a confecção, a professora Cristine Machado apresenta as profissões, mas sem deixar de lado o empreendedorismo e a base para, no futuro, abrir o próprio negócio.

“Usei os métodos de empreendedorismo, de parceria, doação, sem que tenha muito custo de início para fazer, para que a gente tenha o máximo de lucro possível para ajudar o projeto. A intenção não era gastar tudo: ‘vou investir tudo e depois eu vejo’. Tudo é calculado antes para que a gente gaste o mínimo possível para que tenha o retorno máximo”, explica a educadora.

Na relação entre o que é feito pelos alunos da segunda série do Ensino Médio, a passagem pelas tarefas vai sendo alternada, entretanto, existe algo que não muda: a satisfação em fazer parte.

“É muito diferente porque eles fazem algo de verdade. Estávamos finalizando uma órtese, um dos grupos colocou na impressão, cuidou da impressão e finalizou a confecção da espuma e do velcro, e a gente vê no rostinho deles o orgulho de começar a produzir sozinhos e ver aquela peça fruto do trabalho deles”, explica Rafaela.

E, sem perceber, aquilo que começou com o desejo de auxiliar aqueles que foram deixados nas ruas acaba sendo um instrumento de aproximação entre a educação e o social, mostrando a relevância das ações e como o empreendedorismo é capaz de apresentar mecanismos que unem o lucro e a mudança da realidade.

Vídeo feito pelos alunos que fazem parte do projeto na EEB Frederico Hardt – Vídeo: Escola Estadual Básica Frederico Hardt/Divulgação/ND

Causa social, ganho coletivo

Seja em uma cidade afastada ou nos grandes centros, existe uma cena que costuma se repetir: o abandono de animais. Conforme dados do Instituto Pet Brasil, de 2021, o Brasil é o terceiro país com o maior número de animais domésticos, com mais de 149 milhões de pets.

Seja pela proximidade ou pela vontade de fazer a diferença na causa, as turmas se envolvem e começam a compreender, ainda na adolescência, as ações que fazem a diferença na vida adulta.

Ao compartilhar casos de animais desaparecidos nas redes sociais, pensar na órtese adequada para cada limitação (ou na busca por parcerias para a confecção dos itens), é assim que alguns princípios do empreendedorismo começam a fazer parte do cotidiano, oferecendo uma oportunidade de testar mecanismos e soluções.

Lenços produzidos pelas estudantes - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Lenços produzidos pelas estudantes – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Gatinho beneficiado pelo projeto - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Gatinho beneficiado pelo projeto – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Estudantes manuseando a impressora 3D - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Estudantes manuseando a impressora 3D – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Aluna na fabricação da órtese - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Aluna na fabricação da órtese – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

O processo começa na sala de aula - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
O processo começa na sala de aula – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Os discentes também participam do processo - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Os discentes também participam do processo – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Turma da EEB Frederico Hardt - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Turma da EEB Frederico Hardt – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Estudantes que participam do projeto - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Estudantes que participam do projeto – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Frederica, a mascote da escola - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Frederica, a mascote da escola – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Ecobags e lenços confeccionados pelos alunos - EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND
Ecobags e lenços confeccionados pelos alunos – EEB Frederico Hardt/Divulgação/ND

Profissional x educacional

Diante de uma realidade desafiadora e imediata, já se foi o tempo em que a educação apresentava apenas os livros e conteúdos teóricos. Agora é preciso apresentar aquilo que tem conexão com o presente, com as redes e com as estimativas para o futuro. De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), no Censo Escolar de 2022 foram registrados mais de 47 milhões de alunos no país, em mais de 178 mil escolas.

Mas como aproximar a realidade e mostrar que o cotidiano escolar também é um preparo para as próximas fases da vida adulta? O segredo, na maioria dos casos, pode estar na escolha dos temas e abordagens — e o mesmo funciona para o empreendedorismo. A descoberta é entender que o ato de empreender vai além de começar o próprio negócio, pensamento que acompanha o diretor da Vertical de Educação da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), Otavio Pinheiro Auler.

Ter em mente que aquilo que começa na sala de aula pode ultrapassar os muros da escola e transformar a vida em sociedade também é um ganho para o futuro. É assim que projetos sociais nascem, modificando a vida daqueles que estão ao redor, como no exemplo mencionado por Otavio.

Assim como a engrenagem da vida, que está sempre em transformação, a junção da educação e do empreendedorismo, assim como nos projetos mencionados, é a chance de desenvolver as capacidades que serão diferenciais nos próximos anos, as soft skills do amanhã.

É na relação entre aquilo que é visto em sala de aula e as práticas profissionais que alunos incentivam a mudança de professores, capazes de repensar a educação.



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Programação de festas juninas está 'bombando' em Campinas e … – Campinas.com.br

Foto – crédito: Chris Lawton/Unsplash (banco de imagens)
As tradicionais festas juninas vão movimentar Campinas e região! A programação em 2023 está recheada com muitos ‘arraiás’ em escolas, clubes, igrejas, shoppings, espaços públicos, entre diversos outros locais.
Pra quem adora o friozinho embalado por muito quentão, vinho quente, pipoca e as diversas comidinhas da época, além das quadrilhas e brincadeiras típicas desta que é a segunda maior festa popular do Brasil, o Campinas.com.br preparou um roteiro com alguns dos principais ‘arraiás’ que estão sendo organizadas pela cidade e entorno.
Mas tem muita informação chegando ainda e vamos atualizando o roteiro ao longo de junho e julho, já que os eventos se estendem também para o mês das férias.
E se você tiver sugestão de festa bacana que não está na lista, manda aqui pra gente pelo e-mail [email protected]!
Confira abaixo o roteiro e programe-se!
Abrindo os eventos de junho na Lagoa do Taquaral, o Festival Gastronômico Itinerante “Sabores da Terra” chega à sua 25ª edição buscando valorizar a cultura caipira. De sexta-feira (2) a domingo (4), o evento vai movimentar o tradicional parque campineiro com muitas comidinhas no cardápio, com destaque para os pratos feitos em fogo de chão, em disco de arado, na parrilla e nos defumadores, que lembram aquelas receitas tradicionais de família.
A programação ainda traz aulas de culinária no “Cozinha Show”, a tradicional alameda dos produtores, uma área kids com brinquedos variados para crianças, além de intensa programação musical. Veja a matéria completa.
Programação cultural:
02/06
18h00 – Fábio Buzatti – One Man Band Project
20hoo – Show de Abertura com Banda Faroeste & Caboclo – Legião Urbana Cover
03/06
12h30 – Roda de Samba com Fabinho Azevedo e convidados
15h30 – Desafio Sabores da Terra
16h30 – Camila Moraes e o melhor do sertanejo universitário
19h00 – Mega Show com a Banda Queen Music Tribute
04/06
12h30 – Orquestra de Viola de Valinhos
13h30 – Entrada da Imagem de Nossa Senhora Aparecida com a voz de Camila Moraes
16h00 – Violeiro Furiozo e convidados especiais
18h00 – Apresentação especial do grupo Comanches Country Show
18h30 – Mega Show de encerramento com a Banda Monalizza
Serviço:
Festival Gastronômico Itinerante “Sabores da Terra”
Local: Lagoa do Taquaral (Parque Portugal) – acesso pelo portão 5
Data: de 2 a 4 de junho
Horários: sexta, das 18h às 22h; sábado e domingo, das 12h às 22h
Entrada gratuita
Mais informações: @saboresdaterrafgi / festivalsaboresdaterra.com.br
Em sua 2ª edição em Campinas, a Lagoa do Taquaral recebe o evento que promove a cultura nordestina no feriadão de Corpus Christi. Não vão faltar forró pé de serra, forronejo, piseiro, xote e baião, além de shows e uma praça de alimentação com gastronomia nordestina, como acarajé, baião de dois, sarapatel, galinhada, buchada de bode, virado de feijão de corda, carne seca com macaxeira, tapiocas e cuscuz. O evento contará também com decoração típica, além de um espaço kids.

Serviço:
Festa Nordestina
Local: Lagoa do Taquaral
Data: 08, 09, 10 e 11 de junho
Horário: quinta-feira, das 12h às 22h; sexta-feira, das 17h às 22h; sábado, das 12h às 22h; domingo, das 12h às 20h
Entrada gratuita
O evento, também na Lagoa do Taquaral, nos dias 17 e 18 de junho, vai reunir ao todo 26 produtores de cerveja da região, junto com operações gastronômicas, comidas típicas juninas e música ao vivo. Ao todo, serão mais de 100 bicos de chopp e 20 opções de gastronomia diferentes no evento. Além disso, o evento terá área kids com brincadeiras para as crianças
Confira a programação musical:
17/06
13h00 – Trio Virgulino
15h30 – DJ Digão
17h30 – Grupo Zabalê
18/06
Quarteto de Forró Cumpadi Chico e Banda Rock N’ Roça, com horários ainda a confirmar
Serviço:
Arraiá do Polo Cervejeiro da RMC
Local: Lagoa do Taquaral, entrada pelos portões 5 e 7
Data: 17 e 18 de junho
Horário: das 11h às 21h
Entrada gratuita. As cervejas serão servidas em copos de 200ml e de 400ml com preços a partir de R$ 7 o copo de 200ml e R$ 14 o de 400ml
Marcado para o dia 24 de junho, às 18h, na Concha Acústica do Taquaral, o evento terá apresentação da Orquestra Sinfônica de Campinas, sob a regência do maestro Carlos Prazeres, além dos convidados: a cantora Amelinha; o compositor, sanfoneiro, pianista, arranjador, orquestrador e cantor Marcelo Caldi; e a cantora baiana Aiace.
Mais informações e outras atrações do evento ainda serão divulgadas ao longo do mês pela prefeitura de Campinas.
Serviço:
Viva São João!
Local: Concha Acústica do Taquaral – Lagoa do Taquaral (portão 2)
Data: 24 de junho
Horário: 18h
Entrada gratuita
Entrando no clima das festas juninas, o forró do espaço “Escuta o Cheiro” traz o quarteto Maria Lua e o Trio Cristalino no primeiro domingo do mês, dia 4 de junho. No cardápio, mungunzá salgado, espaguete com almondegas de grão de bico, tapioca cremosa, espetinhos de frango, de carne bovina e de linguiça e porções de batata frita, mandioca, frango a passarinho e polenta. O quintal também estará todo decorado com bandeirinhas.
Serviço:
“Arraiá do Escuta o Cheiro”
Local:  R. dos Expedicionários, 544 – Sousas Campinas
Data: 4 de junho
Horário: a partir das 12h
Ingressos: R$ 25,00
O “São João do Unimart” vai durar 4 dias ao longo do feriadão de Corpus Christi, de 8 a 11 de junho, e será uma festa com várias atrações musicais, quadrilha, comidinhas, além de área kids com diversas brincadeiras, como pesca e tiro ao alvo, e um “CãoCurso”, onde os donos podem inscrever seus pets com a doação de 1kg de ração. Os 5 primeiros colocados ganharão prêmios, entre eles um ano de ração gratuita, vales banhos e tosa e cestas.
Veja a matéria completa com a programação.
Serviço:
“São João do Unimart”
Local: Unimart shopping Campinas. Avenida John Boyd Dunlop, 350, bairro Chácara da República – Campinas
Data: 8 a 11 de junho
Horário: de quinta a sábado, das 12h às 22h; domingo, das 10h às 22h
Ingressos: entrada gratuita
O Parque D. Pedro Shopping vai contar pela primeira vez com um “Festival Junino”, evento gastronômico de 6 dias em parceria com a agência Faro, que vai ocorrer no estacionamento VIP da Entrada das Águas do shopping, com uma série de estações de comidas e bebidas, e entretenimento para toda a família.
Com atrações musicais todos os dias – como a dupla Otávio e Raphael, o cantor João Itallo, e a Banda Cooperativa, dentre outros – o evento terá estações gastronômicas dos restaurantes Jangada, GBK Burger, Osteria Basílico, Hot Dog Express, Bronco, Alta Pizza e muitas outras opções de comidas e bebidas típicas.
Serviço:
1ª edição do Festival Junino
Local: Parque D. Pedro Shopping. Av. Guilherme Campos, 500, Jardim Santa Genebra – Campinas (estacionamento VIP da Entrada das Águas)
Data: 08, 09, 10, 11, 17 e 18 de junho
Horário: das 12h às 22h
Ingressos: meia-entrada – R$ 10,00 + taxa; inteira – R$ 20,00 + taxa. Crianças até 7 anos não pagam. Venda de ingressos no link
A Casa de Portugal de Campinas vai realizar sua tradicional festa junina com um cardápio de comidinhas da culinária portuguesa e uma atmosfera de São João.
Serviço:
Festa Junina da Casa de Portugal
Local: R. Ferreira Penteado, 1349, Cambuí – Campinas
Data: 03, 10, 17 e 24 de junho (todos os sábados do mês)
Horário: a partir das 19h
Ingressos: entrada gratuita
A Festa Junina do clube será neste primeiro fim de semana de junho, dias 2 e 3, e terá diversas atrações musicais, além de comidas e bebidas típicas. O arraial também vai ter um lugar exclusivo para as crianças, com brinquedos infláveis e atividades.
Programação (sujeita à alteração)
02/06
19h00 às 21h00 – Forró Maria Lua
21h15 às 23h15 – Grupo Rurais
03/06
19h00 às 21h00- Forró Maria Lua
21h15 às 23h15 – Dan & Marcelo
Serviço:
Festa junina no Clube Cultura
Local: Rod. Heitor Penteado, Km 6, Sousas – Campinas
Data: 2 e 3 de junho
Horário: das 18h às 00h
Ingressos: Para sócios a entrada é gratuita. Não sócios – R$ 30,00 na secretaria do Clube Cultura, também será possível adquirir ingressos na hora
A festa junina do Tênis Clube de Campinas será no fim de semana dos dias 17 e 18 de junho, e vai contar com comidas típicas, brinquedos, bandas, DJ e outras atrações.
Programação (sujeita à alteração):
17/06
A partir das 13h, com apresentação do Grupo de Dança TCC, DJs, Banda Forró DiCasa e Show com Maria Lua
18/06
Das 12h às 18h, com apresentação do Grupo Bafafá, Bailão com Pâmela e Denílson e muitas outras atrações
Serviço:
Festa junina no Tênis Clube
Local: sede de campo. Rua San Conrado, 115, Sousas – Campinas
Data: 17 e 18 de junho
Horário: sábado, a partir das 13h; domingo, das 12h às 18h
Ingressos: Para sócios a entrada é gratuita, convidados entre 5 e 18 anos pagam R$ 40,00 e a partir de 19 anos, R$ 80,00, além de 1kg de alimento não perecível
A tradicional festa junina beneficente da Casa de Jesus Campinas, sede da instituição espírita, Os Seareiros vai ser realizada no dia 17 de junho no salão da sede, com comidinhas e bebidas, brincadeiras típicas, quadrilha, música ao vivo com o grupo Ceará do Acordeon e banda, entre outras atrações. Ainda terá um sorteio de prêmios. Quem comprar a cartela no valor de R$ 80,00 (antecipado) ou R$ 100,00 (no dia), vai concorrer a vários prêmios. Outra atração será o Presente Surpresa.
Serviço:
Festa junina na Casa de Jesus
Local:  R. Artur Teixeira de Camargo, 222, Jardim das Paineiras – Campinas
Data: 17 de junho
Horário: das 17h às 23h
Ingressos: R$ 20,00 antecipados, pode ser adquirido na secretaria, na livraria, na cantina ou junto aos coordenadores dos cursos oferecidos pela instituição, e R$ 30,00 no dia.
O tradicional Regatas promove sua festa junina só em julho, entre os dias 7 e 9, e mais informações ainda serão divulgadas.

Serviço:
Festa do Chapéu de Palha
Local: Clube Regatas – sede de Sousas. R. Monsenhor Dr. Emílio José Salim, 254, Sousas – Campinas
Data: 07, 08 e 09 de julho
Horário e ingressos: ainda serão divulgados
A festa do Clube Bonfim também será só em julho, e as informações sobre as atrações ainda serão divulgadas.
Serviço:
Festa Julina do Clube Bonfim
Local: R. Bento da Silva Leite, 330, Jardim Chapadão – Campinas
Data: 07 e 08 de julho
Horários e ingressos ainda serão divulgados
A tradicional escola de Campinas realiza sua festa junina neste sábado (dia 3), das 10h às 17h. Com a temática “No Arraiá do Nhô Zé: Só Fica Parado Quem Qué!”, a festa oferecerá diversas atrações, parque de diversões, brinquedos infláveis, barracas típicas de alimentação, com destaque para o show da cantora Dany Ribeiro.
Serviço:
Local: Escola Salesiana São José. Av. Almeida Garret, 267, Jd. N. Sra. Auxiliadora – Campinas
Data: 3 de junho
Horário: das 10h às 17h
Ingressos: entrada gratuita para alunos e crianças até 5 anos. Demais públicos, R$ 15,00 (antecipado até 02/06 na Central de Atendimento da escola, das 8h às 16h30) e R$ 40,00 no dia
Mais informações: www.essj.com.br/festajunina
Serviço:
Local: Rua João Pedroso, 265, Barão Geraldo, Campinas
Data: 03 de junho
Horário: das 11h às 19h
Ingressos: R$ 40,00 (antecipado) e R$ 60,00 no dia
Serviço:
Local: Av. Júlio de Mesquita, 840, Cambuí – Campinas
Data: 03 de junho
Horário: das 8h às 18h
Ingressos: R$ 45,00 (antecipado) e R$ 80,00 no dia
Serviço:
Local:  Av. Rio de Janeiro, 327, São Bernardo – Campinas
Data: 17 de junho
Horário: das 10h às 17h
Ingressos: R$ 35,00 (antecipado) e R$ 55,00 na hora
Serviço:
Local: R. Jorge de Figueiredo Correa, 545, Taquaral – Campinas
Data: 17 de junho
Horário: das 14h30 às 21h
Ingressos: R$ 45,00 (antecipado) e R$ 80,00  na hora
Serviço:
Local: Av. João Batista Morato do Canto, 1695, Parque Industrial – Campinas
Data: 24 de junho
Horário: das 10h às 17h
Ingressos: R$ 35,00 (antecipado) e R$ 40,00  na hora
São muitas igrejas em Campinas e região que realizam suas festas juninas. Abaixo seguem as que já divulgaram suas programações, conforme o site da Arquidiocese de Campinas, e as informações serão atualizadas ao longo dos meses de junho e julho.
Serviço:
Local: Av. Arlindo Joaquim de Lemos, 1110, Jardim Proença – Campinas
Data: 03 e 04 de junho
Horário: das 16h às 22h
Serviço:
Local: Av. Ferrúcio Beltramelli, Jardim Conceição – Sousas
Data: quermesse nos dias 03, 04, 10 e 11 de junho
Horário: sábados, a partir das 16h; domingos, a partir das 11h
Serviço:
Local: R. Profª. Sophia Velter Salgado, S/N, Vila Castelo Branco – Campinas
Data: 3, 4, 10 e 11 de junho
Horário: a partir das 18h
Serviço:
Local: R. Paulo Lacerda, 434, São Bernardo – Campinas
Data: 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de junho
Horário: a partir das 19h
Serviço:
Local: R. Carlos Serra do Amaral, S/N, Vila 31 de Março – Campinas
Data: sábados, 03, 10, 17 e 24 de junho
Horário: a partir das 18h
Serviço:
Local: R. dos Iguás, 26, Vila Costa e Silva – Campinas
Data: Todos os sábados e domingos de junho
Horário: a partir das 18h30
Serviço:
Local: R. Maria da Encarnação Duarte, 417, Chácara da Barra – Campinas
Data: 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24, 25 e 29 de junho; 01 e 02 de julho
Horário: das 18h às 22h
Serviço:
Local: R. João Batista Pupo de Moraes, 661, Pq. Industrial – Campinas
Data: 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de junho; 01 e 02 de julho
Horário:  sábados, das 18h30 às 22h30; domingos, das 18h30 às 22h
Serviço:
Local: R. Margarida Occhiena, S/N – Nucleo Res. Vila Vitoria, Campinas
Data: 10 e 11 de junho
Horário: 10/06 após a missa das 18h00. 11/06 a partir das 13h00
Serviço:
Local: Av. das Amoreiras, 6360, Jardim Paraíso de Viracopos – Campinas
Data: 09, 10, 16 e 17 de junho
Horário: A partir das 19h
Serviço:
Local: R. Orlando de Oliveira, 111, Jardim São Marcos – Campinas
Data: 10, 11, 17 e 18 de junho
Horário: A partir das 19h
Serviço:
Local: R. Arquiteto José Augusto Silva, 1040 – Campinas
Data: 17, 18, 24 e 25 de junho
Horário: sábados, a partir das 18h; domingos, a partir das 12h30
Serviço:
Local: Av. Nossa Senhora de Fátima, 1499, Jd. Nossa Senhora Auxiliadora (Taquaral) – Campinas
Data: 24 e 25 de junho
Horário: dia 24/06, a partir das 17h; dia 25/06, a partir das 14h
Serviço:
Local: R. Elisiário Pires de Camargo, 210, Jardim Chapadão – Campinas
Data: 24 e 25 de junho; 01 e 02 de julho
Horário: a partir das 18h
Serviço:
Local: R. Januário de Oliveira, 200, Vila Teixeira – Campinas
Data: 10 e 11 de junho
Horário: a partir das 18h
Comunidade São Bento (Matriz Santa Catarina)
Local: R. Dr. Osvaldo Anhert, 500, Jardim São Bento – Campinas
Data: 08 e 09 de julho
Horário: a partir das 18h
Comunidade Sant’ana (Matriz Santa Catarina)
Local: R. Alcides Guernelli, 126, Jardim Miranda – Campinas
Data: 22 e 23 de julho
Horário: a partir das 18h
O Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, em Hortolândia, sedia uma festa junina nos primeiros fins de semana de junho, dias 3, 4, 10 e 11, das 16h às 22h, promovida pela Associação dos Moradores do Jd. Nossa Senhora de Fátima e bairros adjacentes, em parceria com a Prefeitura.
Organizado pela primeira vez em 2015, o Arraiá da Associação de Moradores do Fátima era realizado em uma pequena rua do bairro e foi crescendo. A festa foi instituída como evento oficial de Hortolândia em 2018 por meio da lei municipal, e segundo os organizadores, a última edição, em 2022, registrou um público diário de sete mil pessoas.
No cardápio, comidinhas típicas como pamonha, bolo de milho, canjica, milho cozido, cuscuz, cocadas, entre outros. Na programação estão previstas apresentação de artistas locais com vários estilos musicais, do forró ao pagode e moda de viola. Para as crianças, um parque de diversões e brincadeiras típicas.
Serviço:
Arraiá da Associação de Moradores do Fátima
Local: Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang. R. Manoel Antônio da Silva, 415, Jardim São Benedito – Hortolândia
Data: dias 03, 04, 10 e 11 de junho
Horário: das 16h às 22h
Entrada: gratuita
De 23 a 25 de junho, o parque aquático Wet’n Wild realizará seu ‘Arraiá’ com o Chico Bento, a Rosinha e toda a turminha da Mônica. As atividades vão ocorrer na Ilha Misteriosa do Cascão, um espaço coberto que contará com água aquecida entre 26°C e 28°C, além dos famosos toboáguas, duchas, quedas d’água, guarda-chuvas e mangueiras de esguicho.
Já entre as atrações juninas estão: bola na lata, argola, pescaria e bola na boca do palhaço, além de música ao vivo e quadrilha. Mônica, Magali, Cascão e Cebolinha são presenças confirmadas, além dos convidados especiais Chico Bento e Rosinha. Todos estarão reunidos para sessão de fotos com a criançada. Além disso, o parque conta também com o Kids Lagoon e atrações para toda a família.
Serviço:
Arraiá do Wet’n Wild
Local: Rodovia dos Bandeirantes, Km 72, Itupeva
Data: 23 a 25 de junho
Horário de funcionamento: das 9h às 17h
Mais informações e ingressos: wet.wetshop.com.br/arraia-do-chico-2023
No município de Vinhedo, o Parque Municipal Jayme Ferragut vai sediar pela primeira vez o 3º ArraiAU Pet, um grande evento destinado aos pets e seus tutores e expositores de produtos para animais. Entre as atrações, desfiles, concursos de cães, tendas e expositores de produtos para pet, show de agility, microchipagem gratuita e feira de adoção de animais.
Serviço:
3º ArraiAU Pet
Local: Parque Municipal Jayme Ferragut. Estr. da Boiada, s/n, Portal – Vinhedo
Data: 11 de junho
Horário: das 8h às 17h
Entrada Gratuita
A 1ª Festa Julina de Valinhos vai ocorrer em dois fins de semana de julho, entre os dias 21 e 30, e já tem o primeiro show definido. O cantor sertanejo Luan Santana subirá ao palco principal na noite de estreia do evento, dia 21 de julho, no Parque Monsenhor Bruno Nardini, o Parque da Festa do Figo. O ingresso para pista custa R$ 60.
Na primeira semana, a programação começa na sexta-feira (21), segue no sábado (22) e termina no domingo (23). Na segunda, serão quatro dias, começando pela quinta-feira (27), continuando na sexta-feira (28), sábado (29), com encerramento no domingo (30).
O evento também terá apresentações de artistas locais e outras atrações, que serão divulgadas em breve.
Serviço:
1ª Festa Julina de Valinhos
Local: Parque Monsenhor Bruno Nardini (Parque da Festa do Figo). Rua D. João VI, 82 – Valinhos
Data: 21, 22, 23, 27, 28, 29 e 30 de julho
Ingressos para show de Luan Santana: na plataforma www.tycket.com.br a partir do dia 10/06 – R$ 60 pista
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Homem é condenado por maus-tratos aos animais no norte de … – Alexandrejose.com

Um homem, comerciante e proprietário de uma revenda de automóveis na região Norte de Santa Catarina, foi condenado por maus-tratos a animais. Ele mantinha dois cachorros acorrentados com cordas curtas e sem comida. A situação foi flagrada por uma guarnição da Polícia Militar, acionada por pessoas indignadas que transitavam pela rua.
Em defesa, o comerciante negou as práticas, afirmando que manteve os cães amarrados um ao outro apenas por uma noite, pois um era adestrado e o outro não. Alegou que assim evitaria que subissem e danificassem os carros estacionados no pátio. Disse ainda que os animais não estavam sem alimentação.
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Para o magistrado, a autoria e a materialidade do delito ficaram evidenciadas pelo termo circunstanciado e pelas declarações prestadas nas fases policial e judicial. A decisão é do juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Jaraguá do Sul. Ele teve a pena privativa de liberdade (três meses de detenção) substituída por prestação pecuniária no valor de um salário mínimo, montante que será revertido a uma entidade beneficente.
Senado aprova volta do Bolsa Família, institui pagamentos de R$ 600 e extingue auxílio Brasil
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